terça-feira, 10 de abril de 2007
Uma História de Amor
Era uma vez…
Uma bela princesa que se achara sempre um patinho feio, uma gata borralheira, uma pele de burro.
Um belo príncipe que sem saber como cruzou o seu caminho e o inevitável aconteceu…
Tudo começou por um pequenino grão de mostarda que se tornou no mais belo e natural sentimento que possa unir dois seres.
Um rubro coração que por mim batia simbolizado num ramo de rosas vermelhas que encantou.
Uma mulher que se deixava envolver por uns braços enormes (se o lobo mau tivesse braços seriam menores do que estes).
Uma paisagem que nos paralisou.
Um frio que nos uniu.
Um lugar mágico onde concretizamos o sonho criado no momento com reminiscências de tantos outros passados.
Uma dança em que o rapaz tinha dois pés esquerdos e a donzela dois pés direitos (já se vê o resultado!!!).
Um voo fantástico de olhos fechados sentindo no vento a carícia de Deus.
Uma conversa séria e brincalhona que nunca se esgotou.
Pequenos nadas, que foram para nós, o tudo.
Momentos mágicos que coleccionamos…
O eco distante de palavras gritadas juntos.
O caminho no céu para nós dois.
Reescrevemos no céu o nosso sentimento, uma vez que a sua história já lá está toda.
Ai a orelha! Ai o pescoço!
Ui!! Que “cociguinhas”!!...
Os nossos pontos fracos.
As nossas histórias e delírios.
Os sinais da catedral que alertavam a hora da cinderela partir, e na despedida deixou um “calhau” energético e cristalizado.
Um escadario enorme que simboliza a nossa escalada na incessante procura um do outro.
Um espaço amplo, todo nosso…
Só nós dois…
Um tempo que corria no relógio mas para nós parava.
Um receio do desconhecido e de arriscar.
Uma pureza preservada que nos enlouquecia.
Um beijo adiado que esperava o momento certo.
Os sonhos de uma menina agora adorada, que se realizavam pelo seu príncipe encantado – o mais encantador do mundo.
Um homem a quem se entregava cada vez mais uma donzela e se perdia para todo o sempre.
Não te tinha dado um beijo mas em todo este tempo abria-te o meu coração, que julguei que a bruxinha má do tempo tinha fechado a 7 chaves e deitado as 7 fora sem saber onde.
Ia percorrendo os labirintos de mim mesma tentando classificar, denominar o que sentia e já não controlava.
Com paciência de príncipe, encanto de feiticeiro e carinho de Homem mortal foi-me conquistando sem espada nem armadura.
Hoje reconheço o belo cisne em que me tornei, a princesa que em mim floresceu, graças ao meu Outro Ser, que me fez e faz FELIZ.
Um conto de fadas…
Já começo a acreditar que a minha fada madrinha, lá do passado, conseguiu infiltrar-se, infiltrar-se no presente, e está a dar guerra à bruxa má.
Um sonho tornado realidade
Que ainda não acabou de ser imaginado
E ainda tem muito a concretizar…
Vou-me vingar e provar à realidade
Que a vida pode não ser um voo de asa
Mas pode ser a asa de um voo!
E foram felizes para sempre
No reino encantado da fantasia,
Mas também na realidade dura, porém bela, do dia-a-dia.
Arquivo: 17/ 04/ 2000
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2 comentários:
Olá
Estas coisas não passam de histórias de contos de fadas...
Nem sempre é assim...
Beijoka
Olá Zeze:
Felizmente ainda existem histórias de Amor que mais parecem contos de fadas!!! Esta é a nossa história que há sete lindos anos nos continua a encantar.
Infelizmente nem sempre é assim... porque para viver histórias de Amor é preciso construí-las diariamente dia após dia, é preciso acreditar no Amor para toda a vida, é preciso Amar e deixar-se ser Amado até serem um só.
Bons eclipses
Lua
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