terça-feira, 14 de abril de 2009

A vida retribui-nos tudo em dobro


À medida que vou crescendo (sim porque eu considero-me em constante crescimento humano e espiritual)vou-me a percebendo pelas minhas experiências e por aquelas que vejo acontecerem aos outros que "a vida retribui-nos tudo em dobro" daquilo que damos seja para o bem seja para o mal.
Tal como diz o ditado popular "Quem semeia ventos colhe tempestades" e como eu digo "Quem semeia o bem colhe amizade, gratidão, Amor..." e a verdade é que para mim isto é tão verdade como 1+1 ser igual a 2 e apesar de me ser difícil fazer sempre o bem e semear sorrisos eu tento fazê-lo para com todos todos os dias.
A prova de que isto é verdade é que eu mesma fui uma aluna na prática muito insegura, cheia de medos e trémulos, cheia de tralha estudada que não sabia articular nem aplicar, sem saber gerir o tempo nem prioridades, muito stressada, um pouco esquecida e trapalhona... enfim fui uma dor de cabeça para as minhas orientadoras de estágio.
A verdade é que o tempo passou, a prática muito me ensinou, continuo a aprender a lidar com o meu próprio stresse, que já consigo gerir muito melhor pois o canalizo para as prioridades e para o que realmente importa, e a tentar ser cada dia que passa uma melhor profissional. E eis que me dão a responsabilidade de ser euzinha orientadora de uma aluna que É EM TUDO A DOBRAR PIOR DO QUE EU !!! Muito mais stressada, esquecida, insegura... do que eu algum dia fui... e a verdade é que eu acho que mereço pois eu também já fui assim e tenho de ter muita paciência como um dia alguém teve comigo para que eu pudesse aprender. O meu desafio actual, que tem exigido muito de mim mas também me tem ensinado muito, é gerir duplamente dois stresses (o meu e o dela).
Se querem que vos diga, nem sei se ria, se chore, se roia as unhas ou se continue a tentar acertar sem nunca ter a certeza se ser esta ou aquela a melhor palavra a dizer naquele momento ou naqueloutra situação.
A verdade é que sinto o peso da responsabilidade de ser mestre, de ensinar alguma coisa a alguém, que disso depende o futuro profissional que ela (será que um dia poderá a vir a cuidar de mim ou dos meus).
Vou tentando dar o meu melhor mas se alguém tiver dicas ou conselhos que me queiram e possam dar serão todos bem-vindos. Creio que o que mais me inquieta é o nunca saber se estou a seguir o caminho correcto na sua orientação mas creio que esta deve ser exactamente o mesmo sentimento que os pais sentem em relação à educação dos seus filhos. Mas tal como eles eu vou ter de aprender a viver com esta inserteza, vou ter de continuar a dar o meu melhor, e tal como eles "esperar para ver".

Um beijo enorme desta lua sempre eclipsada

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