ADOREI
(“Cartas de Amor do Profeta”, Ed. Ediouro)
Quando o amor chamar, aceitem seu chamado, mesmo que o caminho seja duro, difícil.
E quando suas asas se abrirem, entreguem-se, mesmo que a espada que está ali escondida termine provocando ferimentos.
E quando o amor disser algo, acreditem, mesmo que sua voz destrua seus sonhos, como o vento do norte devasta os jardins.
Porque o amor glorifica e crucifica. Faz crescer os ramos, e os poda. Tritura os homens, até que estejam flexíveis e dóceis. Os queima em fogo divino, para que possam converter-se em um pão sagrado, que será consumido no banquete de Deus.
Entretanto, se tiverem medo, e quiserem encontrar no amor apenas a paz e o prazer, melhor que se afastem de sua porta, e procurem outro mundo, onde poderão rir, mas sem toda alegria, e poderão chorar, mas sem usar todas as lágrimas.
O amor não dá nada e não pede nada além de si mesmo. O amor não possui nem é possuído – porque ele se basta.
E não tentem dirigir o seu curso: porque se o amor achar que são dignos, ele os dirigirá até onde devem chegar.
in: Paulo Coelho
2 comentários:
Bem... brutal! Concordo com tudo o que este senhor diz, sem dúvida que tem toda a razão. Aqui só encontro um senão: Como saber quando o amor chama??! Como saber quando é Ele que nos chama e não a nossa vontade de??! Como fazer a Sua vontade e não a nossa??! Isto do Amor é um total "desprender de mim" e entrega total ao outro...mas confesso, por mais Fé, Amor e Caridade que tenha, sou demasiado egoísta pa esta entrega TOTAL! :(
Quando o Amor chega Ele é arrebatador: Não nos deixa pensar em mais nada, é capaz de nos pôr a fazer coisas "rídiculas" como todas as coisas tão boas do Amor, e é possível que nos consiga transformar numa pessoa melhor.
Um beijinho e volta quando quiseres
Lua
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