segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Brincar era imaginar


Eu sou do tempo em que brincar era imaginar. Brincar era fingir que se voava no cabo da vassoura, era fazer colares de erva e flores e imaginarmo-nos a fazer passagens de modelos, era fechar os olhos e imaginarmo-nos num balão sobrevoando o deserto ou os oceanos, era inventar outras línguas que só entre nós (crianças) era entendida, era explorar cada metro quadrado em volta de nossa casa ou até mesmo da aldeia,era... era tão bom!
Que é feito deste brincar? Como se estimula hoje as crianças a imaginar para escrever uma composição por exemplo se elas não brincam com imaginação? (e esta como qualquer músculo se não for estimulada - atrofia). Hoje as crianças têm os aviões telecomandados que voam e por isso não precisam de imaginar nada, hoje nos jogos de computador eles podem guiar, podem bater, poder matar... podem fazer tudo, até aquilo que nunca deveriam fazer...
Tenho saudades de ver crianças a subir às àrvores, a fazer aviõezinhos de papel, a brincar ao io-ô, a saltar à corda e até a andar de bicicleta. Onde estão as nossas poucas crianças? Fechadas dentro de casa por causa do medo dos pais? Não estaremos nós a comprometer o futuro delas e da humanidade ao impedi-las de brincar explorando o mundo e brincando com a imaginação?


Volta Peter-Pan... vem salvar o mundo!!!

1 comentário:

Ana Santos disse...

Por vezes os meus filhos pedem para lhes fazer um barco ou avião de papel, depois imaginam cenas do voo.
Ao fazer o barquinho de papel vem-me à memoria que o aprendi a fazer na escola primária, depois pedem para fazer mais coisas com o papel, mas já não sei fazer outras formas, esqueci como fazia.
Beijinhos,
Ana e seus tesourinhos