Teste de Gravidez - Negativo

Neste dia da última ceia para nós foi a última esperança. Ainda não foi desta que conseguimos engravidar. Desta vez sofremos sós. Dói muito.

Uma linha de pensamento...

Um impossível sem diagnóstico Este tema surgiu da minha experiência como utente deste hospital que me fez reflectir enquanto profissional de saúde. Um filho é para a mulher um dado adquirido, uma certeza tão grande como ir casar quando encontrar marido e morrer quando chegar a sua hora. Um filho após o casamento é um projecto muito desejado e meticulosamente planeado, e por isso tudo o que envolve a maternidade é envolvido numa grande áurea de ansiedade e expectativa. Trabalhar ontem em obstetrícia era trabalhar com a vida, como um acontecimento normal da vida de uma mulher. Trabalhar hoje em obstetrícia é muito mais do que isso, é trabalhar com sonhos e expectativas de anos e anos a fio. às vezes como parteira sinto-me uma artista lidando com cristal, ou como um biólogo cuidando um bonsai. Daí que quando o tempo passa e o bebé não vem a ansiedade duplica, o medo triplica e é com relutância que o casal decide pedir ajuda e começar uma batalha de perna aberta onde tem de perder o pudor, onde tem de aprender a gerir as lágrimas e infelizmente na maioria das vezes sózinha. Primeiro o tempo de espera, tudo demora muito tempo,segundo o nunca mais acabar de análises e exames e terceiro um diagnóstico que tarda em chegar. E quando chega esse diagnóstico e ele é inconclusivo, indeterminado, sem diagnóstico?

Deus Ri

Este é o título de um livro que terminei de ler e adorei. Compreendo que não seja para todos mas para quem acredita em alguém para além de si mesmo vale a pena ler. Terminei com esta oração espontânea: "Obrigada Senhor por este livro e por me ensinares através dele a não me levar tão a sério, e a rir e a agradecer mais a Deus por tudo o que de bom tenho em minha vida. Amén."

Outro filme

Mais um filme da biblioteca. Um filme estranho em que fiquei a saber um pouco mais sobre o génio e a loucura do famoso Marquês de Sade. Tem como título: Quills, as penas do desejo.

“Se a anatomia é o destino, o tempo é a chave”.

Hoje li esta frase de Freud e resolvi partilha-la, faz todo o sentido para mim e descreve a minha própria vida nesta momento - esperar, esperar e esperar... esperando que o Tempo seja a chave da resolução da anatomia.

Amor sem aviso

Eis o primeiro filme alugado na biblioteca e visto juntinho ao Sol no conforto do nosso lar... Uma comédia romântica que nos faz lembrar que o Amor é assim - inesperado, surpreendente, atrai os opostos, desperta o melhor em nós e é sempre sem aviso e sem manual de instruções.

Medidas contra a crise

Descobri uma maneira simples, barata e eficaz de continuar a ler e a ver filmes sem gastar um tostão - ir à biblioteca e alugar livros e filmes para ver. A carteira e o ambiente agradecem...

O sonho do Mini

"Quando for grande quero ter um mini". Oiço isto do Sol desde que o conheço, ora isto vindo do Sol que mede mais de 1,90 é sempre motivo de risos. Desta vez quando andamos a ver carros namoramos um mini lindo e maravilhoso mas que custava o dobro do Yaris de modo que racionalmente escolhemos o mais barato. Um dia ainda hei-de ter dinheiro para realizar este teu grande sonho meu Amor - fica prometido!

Um dia após o outro e após o outro e após o outro...

Temos procurado viver esta etapa difícil das nossas vidas unidos e com muita calma. A infertilidade tornou-se para nós uma realidade diária que vamos aprendendo a aceitar para poder ultrapassar. Estes dias após muitas medicações e consultas e vigilâncias e vergonhas foi finalmente possível fazer uma inseminação intra-conjugal (ou seja com esperma do Sol)e agora aguardamos... Somos racionalmente realistas e sabemos que a taxa de sucesso é diminuta mas por outro lado o nosso coração pula com a esperança de poder ser desta. Esta é talvez a espera mais longa das nossas vidas. Um abraço Sol e Lua

Carro novo

No passado dia 7 de Março o sol teve um acidente, e graças a Deus não se magooou, mas o meu carro ficou todo estragado na parte traseira. O arranjo não compensa o investimento e lá começou a despedida ao meu Seat Ibiza de 95 desde 2003 nas minha mãos e a procura de carro novo. Acabamos por optar por um carro usado na Toyota muito bonito mas muito diferente para conduzir. Para mim inicia-se uma nova aventura de me habituar a direcção assistida, rádio, ar condicionado e mostrador com contra-quilómetro a meio do carro (algo sem lógica para mim). Estamos a tratar das muitas papeladas (novo seguro e anulação do anterior, novos registos, etc). Felizmente o Sol tomou conta do assunto e está a tratar de tudo. Em tempo de crise mexer nas economias dá sempre um bocado de medo mas é para estes contratempos que elas existem e devem sempre existir. Desejem-me sorte... Lua