sábado, 10 de março de 2007

Mais um poema das nossas cartas de Amor...


Transe da caneta numa folha branca

Bebo esta sumarenta noite,
que em suaves remoinhos me afronta.
Sinto a pele molhada pela água da vida
que em mim se forma.
A sombra do dedo consentiu
a virgem folha de papel,
que se deixa despojar da sua ignorância.
A tinta beija com retoques de malvadez
A folha branca e virgem
que pelo Amor da caneta anseia.
Agora são um só
e Amam-se intensamente os dois.
Agora chega a hora de deitar
e o mestre do tempo dá ordem para repousar.
Amanhã é um novo dia
e uma vida vou ajudar a crescer
pois é meu dever
repor em dobro aquilo que retirei.

Arquivo 24/08/2001

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